"Você é o que escolhe ser. Escolha o amor." Isha



domingo, 27 de novembro de 2011

Isha nos fala sobre o amor a si mesmo



Sempre me perguntei: se eu não me amo, como posso amar? Aprendi, como todos, que temos que amar ao próximo como a nós mesmos e apesar de meus esforços, nunca conseguia. E descobri que, na base de todos os meus vícios, sofrimentos e dramas, estava isso: eu não sabia me amar.

E esta falta de amor a si mesmo é a base dos vícios. Está no fundo de todos os hábitos autodestrutivos, das depressões e as demais formas de demonstrarmos que há algo conosco que está mal.

Aprendemos muitas coisas na vida: aprendemos a realizar tarefas, a representar papéis, a cumprir as expectativas que a sociedade tem sobre nós, aprendemos uma profissão para competir no mundo, aprendemos as regras do jogo. Mas estas regras vão mudando e nós tratamos de segui-las, mesmo que fiquemos exaustos na tentativa. O que a maioria de nós nunca aprendeu é a amar-se, a apreciar-se, a ser incondicional consigo mesmo em qualquer situação.

Sempre esperamos que o amor e a incondicionalidade viessem de fora: da família, do parceiro, dos amigos, etc. Mas, e nós? Muitas vezes somos nosso pior inimigo.

É muito importante que aprendamos a nos amar primeiro. Logo poderemos amar aos demais de forma incondicional. Muitas vezes nos perdemos em amar aos outros: amamos e damos tanto que nos abandonamos.

Então, temos que encontrar um equilíbrio entre o que se faz e o que se sente. Sei que a muitos foi ensinado que amar a si próprio é ser egoísta, mas isso não é mais que uma idéia, uma crença que nos afasta de nosso centro interno, que nos impede de dizermos “sim”, e nos leva a sentir que valemos tão pouco que temos mendigado um pouquinho de carinho, o que nos leva a nos anestesiarmos com tanta substância para não sentir.

Imagine que talvez seja a inseguridade que você sente fora de si a que lhe leva a consumir drogas ou álcool para se sentir mais seguro ou não sentir medo, mesmo sendo no momento em que socializa. Ou comer em excesso para não se sentir fora de lugar. Ou se você não tem um vício de consumo, talvez caia na depressão que lhe impede de mover-se, para citar algumas variantes. Há tantas coisas diferentes que podem ocorrer!

Temos que encontrar esse amor internamente e logo estaremos sempre conectados com uma fonte inesgotável de amor incondicional para dar e compartilhar sem limites, sem esperar receber.

Talvez você se pergunte: Como aprendo a me amar? Que faço?
E vou lhe responder o que não fazer:
- Quando observe que sua atenção vai toda para o seu exterior e que começa a se acelerar, ansiosa, assustada, pára. Vá para dentro de você e sinta o seu coração. Se já pratica minhas facetas, use uma, esteja muito presente, e quando se sinta serena de novo, siga com o que estava fazendo.
- Quando veja que sua cabeça começa a passar os filmes do que você disse, ou fez, ou não fez, ou faria, ou teria... PÁRA... e faça o mesmo dito acima.

A questão é não se perder de si mesmo no que esteja fazendo ou no que sua cabeça está dizendo: sua verdade é muito mais profunda e está dentro de você. Comece a exercitar esse músculo da atenção interna e assim começará a sentir isso.

ISHA

http://estilodevida.elpais.com.uy/isha-nos-habla-sobre-el-amor-a-uno-mismo


Tradução: Fabiana Simões

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