"Você é o que escolhe ser. Escolha o amor." Isha



quarta-feira, 30 de junho de 2010

Encontro Estudantes Isha Minas Gerais


Nesse final de semana tivemos um encontro incrível em um lindo hotel próximo a BH. O ambiente aconchegante, belo e silencioso nos proporcionou momentos de interiorização, com unificações profundas e gratificantes.
No grupo, além dos mineiros, tivemos a presença de duas estudantes do Rio de Janeiro a Teresa e a Valéria. Obrigada meninas pela participação!
Foi maravilhoso ver o compromisso individual (obrigada Mirtes pelo presente que você nos deu) e do grupo. A sensação de unidade, amor e apoio mútuo permearam todos os momentos.
Foi com certeza uma oportunidade incrível de crescimento e expansão da consciência.
Sendo assim, já estamos planejando o nosso próximo encontro, preparem o coração e o estômago (gente, o que comemos de pão de queijo, pãozinho recheado de goiabada, queijo de minas, doce de leite e outros quitutes, vocês não podem imaginar! Além de expandirmos a consciência acho que também expandimos para os lados...).








Postado por Sonia Duarte (coordenadora de BH)

terça-feira, 29 de junho de 2010

Abrindo- se a receber



Fale mais e nos dê dicas sobre isso que você diz sobre a rendição.

A rendição é simples porque quando você está resistindo é exatamente o oposto. Você está se agarrando, está lutando, está tentando demosntrar seu ponto de vista, está tentando mostrar que você está certo... Esses são os comportamentos da resistência. "Eu não sou assim. Eu sou assim. Eu não posso fazer isso. Eu não faço isso. Eu não sou assim.." blábláblá... Eu, Eu, Eu, Eu... Ok? A rendição solta, deixa ir. Deixa ir a batalha, a luta, e se rende à uma escolha mais elevada. Se rende dentro da alegria. Ok. Deixo ir. Me ancoro no amor e confio. E vou fluir. E instantaneamente você se sente melhor. Então "Ah! Eu posso encontrar a alegria nisso." As pessoas acreditam que os altos níveis de consciência são como viver em Fantasia (filme da Disney) porque tudo sai perfeito e tudo aquilo que você quer está aqui, e não é assim. É uma forma de ser dentro da experiência humana. Essa capacidade de fluir, essa alegria, essa rendição. Inclusive nas situações mais complexas. É essa capacidade que te dá liberdade. Eu digo a minha verdade e então eu deixo ir. Mas não daquele lugar de "Oh... ok... esse é meu fardo... vou me render a isso..." (tom desanimado) Não é assim. "Ok! Eu posso soltar isso. Eu posso mudar." E quanto mais rápido você puder fazer isso, mais oportunidades se abrem. Porque quando você está tão restrito e tão rígido não há fluir. Mas quando você se abre a fluir o Universo te traz todas as respostas e todos os caminhos se abrem e eles são muito claros. E logo você pode escolher. Quando você está assim (rejeitando) você coloca um bloqueio aí e nada entra. Você não está aberto a receber. Mas temos essas idéias. "Se eu me rendo, eu perco a minha individualidade. Perco a minha personalidade. Alguém mais vai estar me controlando. Então eu tenho que lutar. Tenho que manter meus direitos." E essa é outra idéia. É outra idéia. Você diz sua verdade e então você deixa ir. E quando você se transforma em consciência, você pode se render a qualquer coisa porque não é importante em realidade. "Oh! Eu posso encontrar alegria nisso. E posso encontrar alegria naquilo também." É uma escolha.

Tradução: Gláucia Jordânia

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Abraçando sua grandeza



A consciência, a grandeza tem a coragem de se sustentar sozinha. Por quê? Porque se sente completa dentro de si mesma. Não necessita aprovação. Não necessita aprovação. E sempre quando há um salto em consciência, há uma mudança. A consciência segue evoluindo. E todos vão tendo experiências cada vez mais altas, então a idéia que veio antes já não existe. Eu posso usar Jesus como exemplo. Ou Osho como exemplo. Eles estavam rompendo barreiras. Os judeus o odiavam. Muitas pessoas também não gostavam do Osho. Por quê? Porque ele era a próxima evolução. Ele estava destruindo as barreiras. E a consciência está aqui (nível baixo) e ele está aqui (nível alto). E os gurus se supõe que eles devam estar aqui (nível médio). As pessoas tem uma idéia de como eles tem que ser/parecer, mas a medida que as barreiras se rompem eles mudam. Eles não são normais. Nenhum segue fazendo as mesmas coisas. Porque há evolução. Sem mudança não há evolução. Nós temos que seguir evoluindo. As tradições tem que seguir evoluindo. As religiões tem que seguir evoluindo. A medida que a humanidade vai evoluindo. Tem que evoluir porque a consciência está se elevando. Então há sempre a resistência, há sempre a necessidade de sustentar a dualidade. Há esse balanço. E em última instância tudo se move até o amor. Mas há sempre esse momento onde há conflito, onde esse equilíbrio está chegando. Porquê há sempre estes extremos, 2 extremos. E logo esse meio que vai fazendo isso (movimento para cima e para baixo). E em última instância vem até aqui (alto). É por isso que grandes profetas e artistas estão sempre tão além do seu tempo. Porque eles estão rompendo a ilusão. Mais e mais e mais. E logo tudo os está alcançando. Mas o que acontece? Há sempre muita fricção. E quando se trata do amor... nada causa mais fricção do que o amor. Por quê? Porque é essa uma coisa que os humanos não acreditam que merecem. Os assusta. E eles não gostam de ouvir. As pessoas não gostam que eu diga a elas que elas são perfeitas. "Eu não sou perfeito." ,"Então, não há nada de errado com você.", "Ah! Mas é claro que há. Olha aqui uma lista de tudo o que fiz de mal. Você não me conhece." É tão difícil amarmos a nós mesmos. Sim? Era. Não mais. É fácil.

Tradução: Gláucia Jordânia

segunda-feira, 14 de junho de 2010


Um texto muito Isha do Osho
Ideal e Aceitação

O primeiro passo rumo à felicidade é ser um só. Isso é o que os místicos não cansam de dizer: ser um só é maravilhoso, ser muitos é um inferno. Portanto, tudo que for experiencialmente real, aceite. Você não pode fazer nada negando isso. Negando você cria um problema, e o problema torna-se mais complexo.
É simples: você sente que é covarde, e daí? Então diga: "Eu sou covarde". Basta reconhecer! Se conseguir aceitar a covardia, você já será corajoso. Só alguém corajoso consegue aceitar o fato de ser covarde; nenhum covarde aceita isso. Você já está a caminho da transformação. Portanto, a primeira coisa é saber que nada do que seja vivenciado como fato deve ter a sua realidade negada.
Segundo, para chegar a isso, a consciência tem primeiro de se desidentificar de todas as idéias fixas com que ela própria se identificou. Se a sua mente se apegar às idéias que ela tem sobre quem você é, se ela se agarrar a algum conceito fixo e persistente sobre quem você é, não haverá espaço em você para nenhuma realidade que contradiga essas idéias. Se você tem uma certa idéia sobre como deveria ser, então não conseguirá aceitar as verdades experienciais do seu ser. Se tem uma idéia de que precisa ser corajoso, de que a coragem é uma virtude, então será difícil aceitar a sua covardia. Se você acha que tem de ser uma pessoa como Buda, compassiva, absolutamente compassiva, então você não vai aceitar a sua raiva. É o ideal que cria nossos problemas, nossos sofrimentos, nossas dores.
Se você não tiver nenhum ideal, então não haverá problema algum. Você é covarde e ponto final! Por não ter o ideal de ser corajoso, você não condena o fato de ser covarde - não o rejeita, não o reprime, não o atira no porão do seu ser, para não precisar mais olhar para ele.
Qualquer coisa que você relegar ao inconsciente continuará exercendo sua influência dali e criará problemas para você. É como uma doença que você está incubando. Ela estava vindo para a superfície, onde havia possibilidade de tratá-la. Se a ferida vem para a superfície, isso é bom, é sinal que ela pode ser curada - pois é só na superfície que ela entra em contato com o ar fresco e com a luz do Sol e pode ser curada. Se você a obriga a ficar incubada, você não deixa que ela aflore, e ela acaba se transformando num câncer. Até uma doencinha, se reprimida, pode se tornar uma doença mais grave.
Nenhuma doença deve ser reprimida. Mas a repressão é natural quando você tem um ideal. Qualquer ideal serve. Se você tem o ideal de ser celibatário, o sexo se torna um problema. Você não consegue observá-lo. Se não tem o ideal de ser celibatário, o sexo não é rejeitado. Não existirá uma divisão entre você e a sua sexualidade. Há comunhão, e essa comunhão traz alegria.
A comunhão consigo mesmo é a base de toda alegria.
Portanto, a segunda coisa para lembrar é: não cultive ideais. Imagine só, se você tivesse o ideal de ter três olhos; surgiria imediatamente um problema, pois você só tem dois e o seu ideal diz que, se você não tem três, algo está faltando. Agora você anseia pelo terceiro. Você criou um problema insolúvel para si mesmo! Não há como resolvê-lo. O máximo que pode fazer é pintar um terceiro olho na testa. Mas ele será apenas um terceiro olho pintado; é só hipocrisia.
Os ideais criam hipocrisia nas pessoas. Todo moralista é hipócrita, alardeando ideiais inatingíveis. Olhe que absurdo: as pessoas têm o ideal de não serem hipócritas e a hipocrisia surge por causa dos ideais. Se não houver mais nenhum ideal, não haverá mais hipocrisia. Como a hipocrisia vai existir? Ela é a sombra do fato de se ter ideais. Quanto maior o ideal, maior a hipocrisia. Na Índia, você vai achar mais hipócritas do que em qualquer outro lugar do mundo, porque a Índia viveu séculos cultivando grandes ideais. Ideais estranhos, obsessivos... O problema nasce do ideal.
Quanto mais ideais você tiver, mais sofrerá e maior será a sua hipocrisia, pois, se você não consegue atingir os ideais, você tem pelo menos de fingir. É assim que surge a hipocrisia. O mundo não seria hipócrita se nós aceitássemos os fatos experienciais sem julgá-los. O que quer que exista, existe e pronto (a sua sábia Equipe de Supervisão deixou acontecer no seu caminho...). Se aceitássemos os fatos da vida, em vez de vivermos cheios de "deverias", como poderia haver hipocrisia?
Outro dia alguém me disse, "Você não é hipócrita? Você sempre viveu no conforto, mora numa bela casa, anda num carrão, vive como um rei". Ora, essa pessoa não sabe o que significa a palavra "hipócrita". Tudo o que eu quero é ensinar as pessoas a viver da maneira mais bela possível. Não sou hipócrita: na verdade, eu estou vivendo de acordo com o que eu ensino. Se eu pregasse a pobreza e morasse num palácio, isso seria hipocrisia. Mas eu não prego a pobreza; ela não é o meu objetivo. Eu vivo de modo natural; e viver no conforto e com todas as conveniências é muito natural. É simplesmente burrice não viver no conforto se ele é possível. Se não é possível, então a coisa muda de figura. Mas, se é, então viva confortavelmente; dê um jeito de viver com conforto (Deus não é sádico...).
O conforto é uma atitude mental, é um jeito de encarar a vida. Eu morei em casebres e me sentia muito confortável neles. É impossível para mim ser hipócrita, porque eu não tenho ideais a alcançar, não tenho "deverias". O que "é" me basta e eu vivo com base nisso.
Por isso, a segunda coisa a lembrar é: não cultive certos ideais com relação a si mesmo. As pessoas estão cultivando muitos ideais acerca do que deveriam ser. Se você tem a idéia de ser corajoso, então ser covarde parece uma coisa muito feia. Mas a covardia é um fato e o ideal é só um ideal, uma fantasia da mente.
Sacrifique as suas fantasias em prol da realidade, jogue fora todos os ideais e a vida começará a ficar mais integrada. Todos os fragmentos rejeitados do seu ser começam a ser reintegrados e os reprimidos começam a vir à tona. Pela primeira vez você começa a se sentir mais coeso; não se sente mais fragmentado.
Por exemplo, se eu pensar em mim mesmo como uma pessoa "gentil", não serei capaz de reconhecer e aceitar sentimentos de raiva quando eles surgirem. As pessoas "gentis" não ficam com raiva. Portanto, para que haja uma unidade na minha consciência, eu tenho de ver que eu sou apenas uma realidade experiencial que muda a todo momento. Em alguns momentos tenho raiva, em outros eu sinto tristeza. Em alguns momentos sou ciumento, em outros sou alegre. A todo instante, qualquer coisa que aconteça é aceita. Aí você se torna um. E esssa unidade é a coisa mais importante para se entender.
O meu propósito aqui, a minha função aqui, é afastar de você todos os ideais. O meu trabalho é ajudar você a aceitar-se como você é e esquecer todas as suas fantasias. Eu quero que você se torne mais realista e pragmático. Quero dar a você raízes na terra - e você anseia alcançar o ceu e se esqueceu completamente da terra.
Sim, o céu também está ao nosso alcance, mas só para aqueles cujas raízes estão bem fincadas na terra. Se uma árvore quer se elevar em direção ao céu e cochichar com as nuvens, brincar com o vento e comungar com as estrelas, então ela terá de aprofundar as suas raízes na terra. A primeira coisa é fincar bem as raízes na terra, a segunda coisa acontece por conta própria. Quanto mais profundas as raízes, mais alto a árvore chega; não é preciso fazer nada mais do que isso.
Todo o meu empenho é fincar as suas raízes no solo da verdade. E a verdade é aquilo que você é.
Se a pessoa consegue aceitar a realidade como ela é, nessa própria aceitação toda a tensão desaparece. Angústia, ansiedade, desespero - tudo isso simplesmente desaparece. E, quando não existe ansiedade, nenhuma tensão, nenhuma fragmentação, nenhuma divisão, nenhuma esquizofrenia, surge repentinamente a alegria. Surge o amor, surge a compaixão. Eles não são ideais, eles são fenômenos muito naturais. Tudo o que é preciso é eliminar os ideais, porque esses ideais funcionam como bloqueios. Quanto mais idealista a pessoa, mais bloqueada ela fica.
Sim, a covardia lhe causa dor, o medo lhe causa dor, a raiva lhe causa dor, a tristeza lhe causa dor; essas emoções são negativas. Mas só é possível alcançar a paz aceitando e absorvendo o que lhe causa a dor, não rejeitando. Se rejeitar, você vai ficando cada vez menor, menor e menor, e terá cada vez menos poder. E viverá numa guerra interior constante, numa guerra civil em que uma mão brigará com a outra mão, acabando com toda a sua energia.
Uma coisa fundamental a se lembrar é que só a comunhão com a dor psicológica abre a porta para liberá-la e transcendê-la: só a comunhão com a dor psicológica. Tudo o que é doloroso tem de ser aceito; é preciso travar um diálogo com isso. Essa dor é você. Não existe outro caminho para transcender a dor; o único caminho é absorvê-la.
A dor tem um potencial tremendo. Raiva é energia, medo é energia, e o mesmo vale para a covardia. Tudo o que acontece com você tem um grande ímpeto, uma enorme quantidade de energia oculta em seu interior. Depois que você aceita isso, essa energia se torna sua. Você fica mais forte, você se amplia, começa a ficar mais espaçoso. Seu mundo interior fica maior.
A dor psicológica só acaba quando você a aceita em sua totalidade. A dor psicológica não existe só por causa da presença de algo que você chama de "doloroso". Ela é causada pela sua interpretação da realidade. Tente entender - a dor psicológica é criação sua. A covardia não é dolorosa; o que a torna dolorosa é a sua idéia de que é errado ser covarde, a sua interpretação de que você não deveria ser covarde. Você tem um ego e esse ego continua condenando a covardia. É por causa dessa condenação e dessa interpretação que surge a dor. A covardia existe, então ela se torna uma ferida. Você não consegue aceitá-la e não consegue destruí-la rejeitando-a. Não se destrói nada por meio da rejeição; cedo ou tarde você terá de lidar com o que rejeitou. Isso voltará a irromper e mais uma vez acabará com a sua paz.
Você tem aversão a fatos como a covardia, o medo, a raiva e a tristeza. Não tenha! Essa aversão provoca dor! Observe o fato dentro de você, torne-se um laboratório de grandes experiências. Veja, você está sentindo medo, está escuro e você está sozinho; não há viva alma por perto. Você está perdido na selva, sentado debaixo de uma árvore, numa noite escura, ouvindo o rugido dos leões - você fica com medo. Agora existem duas possibilidades. Ou você rejeita o medo, mantém-se firme para não começar a tremer de medo. Aí, nesse caso, o medo se torna uma coisa dolorosa - ele está ali, ele machuca! Mesmo enquanto você se mantém firme, ele persiste e ele machuca.
A segunda possibilidade é sentir o medo. Deixe que a tremedeira se torne uma meditação. Ela é natural - os leões estão rugindo, a noite está escura, o perigo ronda e a morte pode acontecer a qualquer momento. Sinta esse tremor, deixe que ele se torne uma dança. Depois que você o aceita, ele passa a ser uma dança. Coopere com ele e você ficará surpreso; se cooperar com o tremor, se você se tornar o tremor, toda a dor desaparece.
Na realidade, se você deixar que o seu corpo trema, em vez de dor você vai sentir um grande fluxo de energia dentro de você. É exatamente isso que o corpo quer fazer. Por que você começa a tremer quando está com medo? O tremor desencadeia um processo químico que libera energia e prepara você para brigar ou para bater em retirada. Ele provoca em você um grande e repentino fluxo de energia - trata-se de uma medida de emergência. Quando você começa a tremer o seu corpo começa a se aquecer.
É por isso que você treme quando está frio. Você não está sentindo medo, então por que você treme quando está frio? O corpo começa a tremer automaticamente no frio para se aquecer. É um tipo de exercício natural do corpo. Os tecidos internos começam a tremer para se aquecer e enfrentar o frio. E, se você reprime o tremor quando sente frio, isso se torna doloroso.
É exatamente isso o que acontece quando você está com medo. O corpo está tentando se preparar. Ele está liberando substâncias químicas na sua corrente sanguínea, está preparando você para enfrentar o perigo. Talvez você vá precisar brigar ou talvez você tenha de sair correndo para fugir do perigo. Qualquer uma dessas respostas exigirá energia (que está sendo fornecida).
Veja a beleza do medo, veja a obra alquímica que ele representa; ele está simplesmente preparando você para a situação, de modo que você possa aceitar o desafio. Mas, em vez de aceitar o desafio, em vez de entender o medo, você começa a rejeitá-lo. Você diz: "Você é tão corajoso, como pode estar tremendo? Lembre-se que a morte não existe, que a alma é imortal. Uma alma imortal tremendo?! Lembre-se que a morte não pode destruir você, o fogo não pode queimar você, as armas não podem atingi-lo. Lembre-se, não trema, contenha-se!".
Com isso você está criando uma contradição. O seu processo natural é ter medo e você está cultivando idéias (ideais) pouco naturais para contradizer o medo. Você está alimentando ideais para interferir no processo natural. Haverá dor porque haverá conflito (não estará havendo aceitação).
Não se incomode em pensar se a alma é imortal ou não. Neste momento, a verdade é que o medo (ou dor, tristeza, etc) existe. Ouça o momento atual e entregue-se totalmente a ele; deixe que ele tome posse de você e, dessa forma, não haverá dor. O medo, então, se torna uma dança sutil de energias dentro de você. Ele prepara você; ele é um amigo que está presente, ele não é seu inimigo. Mas as suas interpretações continuam fazendo algo errado com você. A lacuna que você cria entre o seu sentimento e o seu ser - o medo, a raiva, a tristeza e você mesmo - faz com que você se divida em dois. Você se torna o observador e a coisa observada. Você diz, "Eu estou aqui, o observador, e existe a dor, a coisa observada. Eu não sou a dor". Mas agora, essa dualidade está criando a sua dor.
Você não é a coisa observada e não é o observador, você é ambos. Você é o observador e a coisa observada, ambos.
Não diga, "Estou sentindo medo (ou tristeza, etc)". Esse é um jeito errado de falar. Não diga, "Eu estou com medo", esse também é um jeito errado de dizer isso. Diga simplesmente, "Eu sou o medo. Neste momento, eu sou o medo". Não crie nenhuma divisão (a divisão cria a dor).
Quando você diz, "Estou sentindo medo", você se mentém separado do sentimento. Você está lá, em algum lugar distante, e o sentimento está à sua volta. Essa é uma desunião básica. Diga, "Eu sou o medo" e observe - é justamente isso o que acontece! Quando surge o medo, você é o medo (o medo não existe separado de você). Não é que às vezes você sente amor. Quando existe amor de fato, você é amor. E, quando existe raiva, você é a raiva.
Isso é o que Krishnamurti quer dizer quando repete vezes sem conta, "O observador é a coisa observada". O vidente é a visão e o experienciador é a experiência. Não crie uma divisão entre o sujeito e o objeto. Essa é a causa básica de toda infelicidade, de toda cisão.
Simplesmente uma percepção do que existe, sem que se faça nenhuma escolha - essa é a maior chave para desvendar o mistério essencial do ser. Não diga que algo é bom, não diga que algo é ruim. Quando você diz que algo é bom, surge o apego, a atração. Quando você diz que algo é ruim, surge a aversão. Medo é medo, não é nem bom nem ruim. Não avalie, só aceite. Aceite a coisa como ela é (a sua sábia Equipe de Supervisão deixou a coisa acontecer da forma que aconteceu, para o seu bem). Nessa percepção sem escolhas, toda a dor psicológica simplesmente evapora como gotas de orvalho sob o Sol da manhã e o que sobra é puro espaço, um espaço virginal (que pode ser novamente preenchido). Isso é o "um", o Tao, ou você pode chamá-lo de Deus. Esse "um" é o que resta quando toda a dor desaparece, quando você não está dividido de maneira alguma, quando o observador se torna a coisa observada: essa é a experiência da divindade, da iluminação, ou seja qual for o nome que você dê a ela.
E, nesse estado, não existe um eu, porque não existe um observador/controlador/juiz. A pessoa é só aquilo que irrompe e muda a cada momento. Em alguns momentos pode ser entusiasmo, em outros pode ser tristeza, compaixão, destrutividade, medo, solidão. Ela não deve dizer, "Eu estou triste" ou "Eu sinto tristeza", mas "Eu sou tristeza" - porque as duas primeiras frases dão a entender que o eu está separado do que ele é no momento. Na realidade, não existe um "eu" a quem o sentimento possa acontecer. Só existe o próprio sentimento.
Medite sobre isso: só existe o próprio sentimento.
Não existe nenhum eu que esteja sentindo o medo; esse ser é medo, num dado momento. Em outros momentos, esse mesmo ser não é medo. Mas você não está separado do momento, do que está irrompendo; só existe o sentimento em si. Portanto, nada pode ser feito a respeito do que está surgindo experiencialmente no momento. Não existe ninguém para "fazer" nada.
Tudo o que existe é belo - até a feiúra. Seja o que for será, quer você aceite quer não. A sua aceitação ou rejeição não faz nenhuma diferença para a facticidade disso. O que é é. Se você aceita, a alegria brota em você; se rejeita, surge a dor, mas a realidade continua a mesma. Você pode ter dor, dor psicológica - ela é criação sua, porque você não foi capaz de aceitar e absorver algo que está surgindo. Você rejeitou a verdade; com essa rejeição, você se tornou um prisioneiro. A verdade liberta, mas você a rejeitou; por isso você está acorrentado (e sofrendo). Rejeite a verdade e você ficará cada vez mais aprisionado.
A verdade permanece. Se você rejeitá-la ou aceitá-la, isso não muda o fato, só muda a sua realidade psicológica. E existem duas possibilidades: ou a dor ou a alegria, ou a doença ou a saúde. Se você rejeitá-la, haverá doença, desconforto, porque você estará decepando um pedaço do seu ser; isso deixará feridas e cicatrizes em você. Se aceitar, haverá celebração, saúde e completude.
Nenhuma verdade jamais aprisiona ninguém; essa não é uma característica da verdade. Mas, quando você a rejeita, essa rejeição faz com que você se feche e fique aprisionado. Essa rejeição deixa você aleijado, paralisado.
Lembre-se, também, que a própria idéia de se libertar é também um ideal. A liberdade não é um ideal, é uma consequência da aceitação de tudo o que você é. A liberdade é uma consequência; não é um objetivo que você tenha de se esforçar para atingir. Ela não é conquistada por meio de um grande esforço, ela acontece quando você relaxa. E como você pode relaxar se não aceita a sua covardia? Se não aceita o seu medo, se não aceita o seu amor, se não aceita a sua tristeza, como você pode relaxar?
Por que as pessoas não conseguem se relaxar? Qual é a causa básica da sua tensão crônica e constante? Esta é a causa básica: durante séculos, as chamadas religiões têm ensinado você a rejeitar tudo. Elas lhe ensinam a renunciar, ensinam que tudo está errado. Você tem de mudar isso, tem de mudar aquilo, só então será aceito por Deus. Elas criaram tanta rejeição que você não é nem mesmo capaz de aceitar a si mesmo; você não é aceitável para as pessoas com quem convive, como pode ser aceito por Deus?
No entanto, a existência já aceita você - é porisso que você está aqui! Do contrário você não estaria aqui! Esse é o meu ensinamento básico. A existência já aceita você, do jeito que você é. Você não tem de se tornar merecedor, você já é merecedor. Relaxe, aprecie o caminho que a natureza traçou para você. Se ela fez de você um covarde, deve haver uma razão para isso. Confie e aceite. O que há de errado em ser covarde? O que há de errado em ter medo? Só os idiotas não sentem medo, os imbecis não sentem medo. Se uma cobra cruza o seu caminho, você imediatamente dá um pulo. Só os imbecis, os estúpidos, os idiotas não terão medo da cobra. Mas, se você é inteligente, quanto mais inteligente for, mais rápido irá pular de medo! Isso faz parte da inteligência, está perfeitamente certo. O medo contribui para a sua vida, protege você.
Mas as pessoas lhe propuseram ideologias estúpidas e você continua insistindo em velhos padrões. Você não ouve o que eu estou lhe dizendo. Eu estou dizendo: não importa o que você seja, aceite isso incondicionalmente - e a aceitação é a chave da sua transformação.
Não estou dizendo para se aceitar com a intenção de ser transformado - do contrário você não vai se aceitar coisa nenhuma, pois lá no fundo o desejo é de ser transformado. Você diz, "Tudo bem, se isso causa transformação, vou me aceitar". Mas isso não é aceitação; você não entendeu nada. Ainda está desejando a transformação. Se eu garanto isso a você e você se aceita por causa dessa garantia, onde está a aceitação? Você está usando a aceitação como um meio; o objetivo é ser transformado, ser livre, atingir a auto-realização, o nirvana. Onde está a aceitação?
A aceitação tem de ser incondicional, por nenhuma razão, sem nenhuma motivação. Só assim ela liberta você. Provoca uma alegria imensa, traz uma grande liberdade, mas a liberdade não é um fim em si mesmo. A própria aceitação é um outro nome para a liberdade. Se você aceitou de fato, se entendeu o que eu quero dizer por aceitação, a liberdade acontece - imediatamente, instantaneamente.
Não que você primeiro se aceite, pratique a aceitação, para um certo dia ter liberdade, não. Aceite-se e há liberdade, porque a dor psicológica desaparece no ato.
Experimente. O que eu estou dizendo é experimental. Você mesmo pode fazer, não é uma questão de acreditar em mim. Você tem lutado contra o seu medo; aceite-o e veja o que acontece. Apenas sente-se silenciosamente e aceite-o, e diga, "Eu tenho medo, portanto eu sou medo". Neste próprio estado meditativo, "Eu sou medo", a liberdade começa a tomar conta de você. Quando a aceitação é total, a liberdade acontece...

Fonte: Osho, Saúde Emocional: Transforme o Medo, a Raiva e o Ciúme em Energia Criativa, Editora Cultrix, 2008.

Contribuição da estudante Maria Alice Monteiro,
Obrigada Alice lindo texto!

Jornada Isha em Belo Horizonte

Nesse domingo tivemos em BH uma jornada de unificação na casa da estudante Margareth, seguida por um almoço vivo, com sementes germinadas, frutas, verduras e muito amor, feito pelas estudantes Laurita, Maria Lúcia e Maria Madalena. Terminamos o dia com uma videoconferência com a mestra mineira Valéria, diretamente do La I Uruguai.

Obrigada pessoal por uma dia tãããão gostoso!

Você foge das suas emoções?

As emoções são uma parte natural da vida humana. Se estamos procurando alcançar uma relação sadia com nós mesmos, é essencial aprender a abraçar nossas emoções. A maioria de nós aprendeu desde pequeno que certas emoções são “más” ou inadequadas: Talvez nos disseram para não chorar, ou que nunca ficássemos com raiva.
Entretanto, ao negar esses sentimentos nós não os eliminamos. Quando se ignora uma emoção, ela fica aprisionada dentro de nós, desenvolvendo e contribuindo para a criação de uma carga acumulada de emoções reprimidas.
Com o tempo, essas emoções se distorcem: a raiva se converte em ódio ou ressentimento, eventualmente explodindo em ataques de fúria e violência; a tristeza se converte em depressão. Só precisamos olhar para uma criança para ver como são naturais as emoções. As crianças se aborrecem e se entristecem espontânea e facilmente ao mesmo tempo tem uma habilidade inata para encontrar alegria e diversão em tudo. O mundo para elas é um lugar mágico, onde elas são capazes descobrir maravilhas, enquanto os adultos só encontram aborrecimentos.
Isto acontece porque as crianças não negam nenhum aspecto de sua gama de emoções. Abraçam todas as matizes sem julgamentos, como partes naturais da experiência humana. Como resultado, quando chega a ira ela é intensa, mas de curta duração: cinco minutos mais tarde já se esqueceram completamente que estavam com raiva, absortos que estão na emoção de um novo momento, o próximo descobrimento.
Às vezes quando estamos no caminho espiritual aplicamos o condicionamento infantil de “deverias” e “não deverias” em nosso processo de crescimento: tratamos de nos encaixar na imagem de um “bom” menino ou uma “boa”menina- uma imagem que não está muito longe das expectativas depositadas em nós por nossos pais e pela sociedade. A busca do amor incondicional rege nossa maneira de nos comportarmos: tentamos imitar as ações de amor e compaixão, porém sem nos converter nestas experiências. Isto nos leva a um maior ressentimento e frustração, porque como podemos abraçar ao outro em sua perfeição se vemos a nos mesmos como imperfeitos? Como podemos ser compassivos se não nos conhecemos a nós mesmos? Ao tentar nos libertar das fronteiras das nossas limitações passadas, saltamos dentro de uma nova caixa, às vezes ainda mais rígida que a anterior.
Para experimentar nossa divindade, primeiro devemos abraçar nossa humanidade. Para amar incondicionalmente, primeiro devemos descobrir nossa perfeição. Abraça sua raiva, abraça sua tristeza: não é através da negação que você vai se liberar desses sentimentos, mas através da aceitação. Ao se permitir sentir a carga acumulada de emoções, você vai liberar espaço em seu interior. Espaço para ser, espaço para amar, espaço para descobrir quem realmente você é.

Fonte: Blog Isha nos Habla
Tradução: Sonia Duarte

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Comprometendo-se com seu crescimento



Me custa muito trabalho ser constante. Isso entorpeceu a prática do sistema. Tem algum conselho para mim? Bem, você só tem que fazer uma hora por dia. Então "eu tenho um problema em ser constante". Se você não pode dar isso a você mesmo, eu mudaria de "eu tenho um problema em ser constante" para "eu tenho um problema em amar a mim mesmo". Comece a ser real. Se eu não posso fazer isso pelo menos uma hora por dia, se eu sigo abandonando a mim mesmo, se eu penso que não mereço nada... Você deve estar fazendo isso em muitos aspectos da sua vida. Então você deve olhar para isso. Onde eu não estou dando a mim mesmo? E essa é coisa mais importante. Dar amor a você mesmo. Durante uma hora por dia tudo o que você precisa fazer é pensar facetas e dar amor a você mesmo. Então faça a você mesmo essa pergunta: "Valho eu uma hora por dia? Vale de algo que eu me ame?" Espero que você encontre a resposta adequada (certa). Sim?

Tradução: Gláucia Jordânia

Notícia do Uruguai - Programa de Expansão de Consciência de 3 e 6 meses



Eu não poderia finalizar as postagens do dia sem mencionar a presença do nosso querido Carlos, aqui de Belo Horizonte, neste programa de expansão de 3 meses que está acontecendo no Uruguai. Acima está uma foto do grupo. Onde estará Wally, digo, Carlos? ;) O Carlos é o segundo da esquerda para a direita, de camiseta marrom, com um sorrisão daqueles! Abaixo, a tradução do recado escrito pelos mestres para o blog oficial do Sistema Isha:


Olá Annie (Durga)!
Te contamos que neste final de semana (a postagem é do dia 03 de Junho) tivemos muita chuva e vento no Uruguai, esteve ideal para estar unificando aqui no centro. Além disso, como todos os finais de semana, vimos Darshan e ao terminar ficamos todos os mestres e estudantes para ver Matrix, que foi apresentada por Enid (Sada). Os meninos do programa intensivo de 3 meses festejaram o aniversário de Ximena com pizza na noite de sábado. E como chave de ouro tivemos o regresso de Clorinda, nossa estudante de 6 meses, à cozinha para preparar noques.
Bom, como vês tem acontecido de tudo por aqui.

Te mandamos um beijo enorme.

Os mestres de La I Uruguai



Por hoje é só pessoal!
Abraços cheios de amor,
Gláucia


P.s.: Parece que Glaucisha tirou o dia para postar no blog... ;)

Mais além da culpa



A Igreja tem muito a contar sobre isso, não?! Culpa. Não é fantástico. Os humanos adoram tanto se torturar e então criamos a culpa! Criamos a culpa para nos sentir mal por todas aquelas coisas que nós naturalmente fazemos em nossa experiência humana. Então não somente nós fazemos coisas que nos causam sofrimento, como depois podemos nos sentir 2 vezes pior sendo culpados por elas. Sim? É ótimo, não?! E nós adoramos sofrer! E a culpa foi feita perfeita para o sofrimento! A culpa é uma ilusão. Porque você nunca fez algo errado. Nunca. Neste momento tudo está perfeito. Se você fez algo que te causou sofrimento, que não te traz amor, neste momento você pode fazer uma nova escolha. Se você segue repassando isso uma e outra vez, e vive através deste reflexo, isso é violência. Isso é violência a você mesmo. E não serve para nada. Não muda o que aconteceu. Somente está arrastando o passado até o futuro. E você está vivendo o futuro em uma vibração mais baixa porque está tingido com medo. Então o que eu escolho? Ok. Eu fiz todas essas escolhas e elas tiveram consequências. Eu não gostei dessas consequências. Agora, desde um lugar de inocência, eu faço uma nova escolha. Isso é tudo. E eu deixo isso ir. E se alguém me critica por isso no exterior e isso me afeta é porquê eu ainda não deixei ir. É sempre interessante em casais. Eles sempre adoram trazer à tona aquilo que fizeram 4 anos atrás. Todos fazem isso um ao outro. Mas seguem estando juntos. Mas adoram ter isso, essa munição. "Mas você se lembra quando você... blá, blá, blá..." E então isso justifica o que você está fazendo neste momento. Porque você se sente culpado. Mas essa é a justificativa. É assim o quão loucos somos. Ao invés de focar no amor, focar no que queremos, focar na admiração (louvor), na gratidão, nos focamos no ressentimento. Porque temos ressentimento? Porquê nós nos abandonamos. Nos penduramos em apegos. Nos penduramos naquilo que nos faz sentir seguros, ainda que aquilo não seja o que nos faz felizes. Que não sejamos livres. Que não estejamos experienciando amor. E temos tanto ressentimento por isso que o projetamos nos outros (ou um no outro). E o único que criamos é mais ressentimento, menos amor, mais separação. E continuamos fazendo o mesmo círculo vicioso. Isso soa familiar? Isso é o que fazemos. Vocês todos me olham com expressão de "Fazemos isso?" Vocês sabem. Eu sei que vocês fazem porquê eu fazia isso também. É verdade. E nós podemos mudar. Porquê escolhemos o amor e podemos trazer amor para dentro de tudo. Neste momento. Mas é uma escolha. E vocês precisam ver como vocês gostam de sofrer. E juram que não é verdade. "Mas me deixe criar algo aqui para que eu possa sofrer." Há tanto para ver. E vocês vão ver. E vão rir. Eu estava dizendo para o meu grupo ontem à noite quando você se autorealiza ou se ilumina ou está ancorado em níveis elevados de consciência, você olha para trás em sua vida e é como se fosse um sonho. É como se nunca tivesse existido. Você está experimentando tanta liberdade e tanto amor que é quase como se tudo tivesse acontecido a outra pessoa. E a alegria e a as coisas que você compartilhou se levam dentro de você neste momento. Mas todo o resto é como uma brisa. Uma brisa que passa mas nunca te toca. Porque é uma ilusão. Você está vivendo aqui (cabeça) e logo você começa a ser tudo. Imaginem. Você está vivendo aqui (cabeça) e logo você se trasnforma em tudo. Tudo. E tudo que você está experienciando nisso é amor. Vocês podem imaginar? Quão irreal tudo isso parece quando são tanto amor? É como... como se nunca tivesse acontecido. Ou você olha para isso como se fosse uma história. Mas não há nada. Não há sofrimento. Não há dor. É só uma história. Talvez você ame a história. Quando estiver iluminado você amará a história. Porquê você não se importará com o quão ruim foi. Porquê você saberá que não era real.

Tradução: Gláucia Jordânia


Tomando responsabilidade por sua vida



A liberdade mais grandiosa é a maturidade absoluta. Eu já disse isso um milhão de vezes mas quando eu tinha 12 anos a diretora da minha escola decidiu fazer uma reunião com todas as garotas da minha série. E nos convidou para irmos a seu escritório. E disse: "Você é responsável por tudo em sua vida." Disse isso a todas nós. "Você nunca pode culpar seus amigos. Suas circunstâncias externas nunca são responsáveis. Sua felicidade, seu sucesso, sua vida... são sua própria responsabilidade." E nós todas ficamos assim "Anham... Ok... O que significa isso?" Levei muito tempo para me dar conta do que aquilo significava. Levou até que eu tivesse 34 anos. Porque é tão fácil sempre estar responsabilizando alguém mais. "Ah! É culpa do meu marido eu não ser feliz.", "Ah! É culpa de minha situação financeira eu não ser feliz.", "Ah! Eu não fui à universidade e por isso não sou feliz.", "Ah! Eu não tive filhos. Por isso não sou feliz.", "Eu não fiz isso, eu não fiz aquilo.", "Eu não tenho isso. Eu não tenho aquilo.", "Você continua fazendo isso comigo. Se você se comportasse de forma diferente, então eu seria feliz." E as desculpas, assim como o amor, são ilimitadas. Estão em toda parte. O país, o governo, o entorno, ... DEUS! Na realidade não há limites para quem você pode culpar. Não é verdade? Sim. É ótimo. Podemos culpar a todos. Mas por acaso culpar a todos nos faz felizes? Não. Então quando eu começo a tomar responsabilidade, ao invés de sempre culpar a alguém mais, começo a me sentir mais completo. E então eu começo a fazer escolhas. Escolhas que trazem mais amor. Porque quando sou responsável, minhas escolhas são importantes. Quando estou me transformando no amor, nutrir esse amor é importante. Porque essa é a coisa mais importante. Não ser uma vítima. Não culpar a todos os outros. Mas nutrir esse amor. Se eu cedo e concordo e me abandono, de quem é a responsabilidade? É minha. É minha escolha. Assim eu abraço isso e encontro a alegria, ou eu mudo. Mas se você está eternamente culpando algo externo por sua miséria, você não vai ser feliz, porque sempre haverá algo errado. Quando você se transforma no amor e começa a fluir, o "errado" desaparece. E você abraça tudo. E você flui. E usa tudo como uma ferramenta para ser mais amor. Um criador mestre. Isso é ser um criador mestre. "Nesse momento, eu me rendo. E encontro a alegria." É fácil. Jesus fez isso. Porque não você?

Tradução: Gláucia Jordânia

Qual é a bandeira que representa o verdadeiro poder?















Foto: Isha.

No outro dia eu estava tendo uma conversa com meu bulldog inglês, Elizabeth. Ela tem o nome de Sua Majestade a Rainha e, por vezes, de fato, confunde-se com a monarca. Nossas conversas são profundas e inteligentes, como se pode esperar de semelhante companheira real, assim que muitas vezes me espalha sua sabedoria, antes de lamber entretida algo que caiu sobre o tapete. Naquele dia, não me pergunte porquê, a conversa girava em torno das bandeiras. Claro, Elizabeth começou expondo a beleza simétrica e a elegância da bandeira Inglesa, mas ela ficou perplexa ao ouvir minha resposta, perguntando qual seria a minha bandeira. "Minha bandeira seria branca, eu respondi. "Mas", ela gaguejou, "Branca é a bandeira de rendição!" "Exatamente" - eu disse. "Minha bandeira seria branca, porque estou entregue e rendida à vida." Muitas vezes, a entrega é percebida por nós como um último recurso, como a admissão da derrota final, como desistir. E, de fato, a entrega é a chave para a liberdade.

"Mas será que a rendição não é sinônimo de passividade?", respondeu Elizabeth. Muitas vezes se confunde o significado da entrega com o ceder, ou ser passivo. No entanto, a entrega vem da alegria e do amor a si mesmo, não da subordinação ou da submissão. A entrega é abraçar cada momento, em vez de lutar contra o que está acontecendo. Ao entregarnos, não estamos admitindo a derrota, mas estamos lidando totalmente com a vida, reconhecendo plenamente nossas circunstâncias atuais. Quando nos entregamos, o amor se precipita, no entanto, quando lutamos, apenas perpetuamos o conflito. Quando o amor chega, a clareza também chega. Estamos abertos para ver todas as soluções possíveis para a situação que estamos tendo, em vez de lutar tenazmente pela forma em que pensamos que as coisas deveriam ser. Com a rendição vem o poder: o poder do amor, o poder da flexibilidade, a capacidade de ir com o fluxo do que a vida nos dá, ao invés de lutar contra ela.

Elizabeth inclinou a cabeça "Hmph! Mas render-se não significa renunciar a tudo o que eu estou buscando?" Ironicamente, nós temos essa idéia que, quando nos entregamos, perdemos nossa identidade, mas isso é exatamente o que temos a perder, a fim de encontrar a verdadeira liberdade. Não é engraçado? Ao longo de nossas vidas, nós nos esforçamos para manter a nossa individualidade, para defender as nossas crenças, nossas idéias, nossas convicções. Por quê? Porque acreditamos que somos frágeis. Tememos constantemente que algo nos possa acontecer, mas quando começamos a encontrar a liberdade interior, começaram a nos render. Percebemos que o que é realmente importante, é esse amor, essa paz, a capacidade de fluir. Que nossas idéias são apenas ilusões e que lutar por elas só nos faz sofrer. A chave da consciência é a entrega, e é a coisa mais fácil de fazer. É muito mais fácil do que combater.

Tente este exercício

A próxima vez que você se encontrar lutando para manter uma posição, solte. Experimente e verá que, ao fazê-lo, você pode experimentar a paz que vem. Em um instante, quando se escolhe por deixar ir, a paz nos envolve. A resistência não pode trazer a paz. É através da entrega que se encontra a calma. Quando você luta, você perde e, quando solta, sempre ganha. Ancore-se no momento presente e se concentre no amor incondicional, ou no amor-consciência, que está dentro de você. Então, pergunte a si mesmo uma pergunta simples: O que está errado agora? Existe algo muito errado, ou esse sentimento está ligado a uma idéia?

Penso em quantos anos de minha vida foram passados lutando. Lutando para estar certa, lutando para ser aprovada. Mesmo lutando para mudar o mundo! Nossa sociedade está sempre brigando, discutindo, debatendo. Acreditamos que a paz é o ideal, mas, na realidade, somos alimentados por conflitos, tanto em nossas vidas pessoais, como em escala mundial. Quando conseguimos experimentar a realização interior, abrimos mão de nossas idéias do que precisamos para ser felizes. Quando deixamos de acreditar na opinião de nossa compreensão de como as coisas deveriam ser, encontramos a magia do desconhecido. Portanto, estamos de pé em uma sala sem paredes, com nossos corações abertos para receber a abundância do universo, e você tem o maior de todos os tesouros: a liberdade do medo e da inocência de perceber a perfeição em tudo.

Minhas conversas com Elizabeth são muitas vezes surreais, às vezes esclarecedoras e sempre divertidas. Mas, na verdade, apesar de sua realeza, Elizabeth é a entrega em pessoa. Ela se banha na perfeição do momento e sua capacidade de adormecer nas posições mais difíceis é um exemplo admirável.

Todos os animais são entregues à sua realidade como ela é, e é aí que reside a sua incrível capacidade de fluir com a vida. Nós todos podemos aprender uma coisa ou duas sobre a entrega, observando os animais que nos rodeiam.

Fonte: Blog Isha nos habla
Tradução: Gláucia Jordânia

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Videoconferências Próximas:

Em Belo Horizonte: 13/06 domingo-das 16 às 18hs - Rua Fobos 414 - Vale do Sol -

Em Brasília: 16/06 quarta-feira - das 20 às 23hs - CCSW2, Ed Stockholm, apto 103 -Bairro Sudoeste